Vereadores questionam trem da alegria em Arcoverde

             Os vereadores da oposição em Arcoverde estão convocando a população a se posicionar sobre a criação de 15 novos cargos comissionados pelo prefeito Wellington Maciel, do MDB, sob argumento de que é uma exigência da nova Lei das Licitações, o que eles contestam. Segundo eles, o que muda são as formas de licitar, modificando todo processo de compras e contratação e não exigindo criação de cargos, quanto mais de comissionados que são de livre indicação do prefeito.

Nas redes sociais, o vereador Rodrigo Roa, do Avante, pergunta aos cidadãos arcoverdenses se eles - concordam com o aumento de 15 novos cargos para a comissão de licitação na Prefeitura de Arcoverde, gerando um custo de R$ 658.350,00; uma vez que essas licitações acontecem em nosso município há anos sem a necessidade de uma comissão específica? - (Na realidade já existe a comissão específica há décadas, precisando apenas se adequar a nova lei que só entra em vigor em 2024). Segundo Rodrigo, o projeto que cria o que se chama na cidade de ‘trem da alegria’, já que distribuiriam alguns cargos com vereadores governistas, está pautado para ser votado na próxima segunda-feira, dia 29 de maio.

Para a vereadora Célia Galindo, sem partido, - O prefeito que não paga o piso dos professores, que cortou insalubridades de servidores da saúde, quer é mesmo fazer a política familiar, para colocar mais gente da família dentro do governo e comtemplar seus aliados, enquanto a população sofre sem atendimento na saúde, na assistência social. Criar cargos comissionados, quinze, quando se diz que não tem dinheiro, é um acinte ao povo de Arcoverde – afirmou.

A posição contrária de Rodrigo e Célia é compartilhada pelo presidente da Câmara, vereador Siqueirinha, sem partido. Para ele, não se justifica criar mais cargos comissionados quando uma das exigências da nova lei é exatamente que os processos licitatórios sejam conduzidos unicamente por servidores ou empregados dos quadros permanentes da administração pública, ou seja, servidores efetivos e não comissionados.

A nova lei modifica todo processo de compras e contratação de serviços pela administração pública, nas esferas federal, estadual e municipal. Devido à complexidade das alterações – porque a norma substitui três leis anteriores – o Congresso concedeu aos gestores públicos dois anos para se adaptarem, mas não fala em criação de cargos comissionados. 

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