A decisão da paralisação
partiu de médicos que se encontram inconformados com a falta de pagamentos e
alegam ausência de estrutura física adequada no hospital. Para isso, foi
realizada uma votação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e acatada
pelo Simepe. A paralisação está prevista para iniciar em um prazo de 30 dias,
devendo acontecer no dia 8 de março. Mais de 100 médicos acataram a
votação.
Ao abrir as portas do
hospital, Sidney mostrou os leitos cirúrgicos e a UTI. além disso, também
garantiu que as instalações do HCP estão adequadas para os pacientes.
"Nosso hospital possui
segurança em suas estruturas, com número de infecções baixas, possuímos
reconhecimento de órgãos sanitários na qualidade de assistência ao paciente. A
melhoria do hospital é constante. A população pode ter 100% de confiança no
HCP, pois a estrutura existente hoje no hospital está apta a atender toda a
demanda com qualidade", afirmou o superintendente.
Sidney também explicou sobre
as dificuldades que o HCP passa por ser um hospital de rede pública.
"Somos um hospital 100% SUS e 100% oncológico, privado, sem fins
lucrativos, onde todo o dinheiro é revertido para o próprio hospital. Abrimos
um novo prédio, aumentamos o número de leitos e UTIs, porque sabemos que as
pessoas precisam. Nossa missão é atender pessoas com câncer. Enquanto tivermos
condições daremos acesso a essas pessoas", concluiu.
Segundo o Simepe, o HCP
atualmente possui uma dívida com os profissionais que chega ao valor de R$ 12
milhões. Essa dívida é devido a uma lei de incentivo a médicos que realizam
cirurgias de alta complexidade. Com isso, os médicos devem receber um incentivo
de 20% do valor das cirurgias, o que representa um total de 75% das cirurgias
oncológicas. Contudo, o Simepe afirma que esses honorários não estão sendo
pagos aos médicos cirurgiões há mais de sete anos.
"Nossas conversas estão
sempre abertas. Mesmo o processo estando judicializado pelo sindicato,
acreditamos que com uma boa negociação e um bom entendimento iremos conseguir
algo bom para os dois lados", afirma Sidney.
O Hospital do Câncer atende
cerca de mil pessoas por dia, sendo 51% da população oncológica de Pernambuco.
Além de 35% das quimioterapias, 43% das cirurgias e 46% das radioterapias.
Sidney garante que a demanda do hospital consegue ser atendida. O hospital hoje
possui 11 salas cirúrgicas e 30 leitos de UTI.
Do Diário de Pernambuco
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