No Brasil, o Norte e o
Nordeste enfrentarão uma seca "impactante", como disse ao GLOBO a
meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Andrea Ramos.
A confirmação de que o
"El Niño" está entre nós foi divulgada por Emily Becker, uma
cientista do clima e comunicadora da NOAA. Segundo ela, "as chances dele
se tornar um evento forte em seu pico são de 56%, enquanto as
chances de termos pelo menos um evento moderado são de
aproximadamente 84%".
"Embora as condições do
El Niño tenham se desenvolvido, ainda há uma pequena chance (4-7%) de que as
coisas desapareçam. Claramente, achamos que isso é improvável, mas não é impossível",
afirmou Emily Becker.
Já a cientista do clima
Michelle L'Heureux, chefe do escritório de previsão de El Niño da NOAA, disse
que o fenômeno se formou 2 meses antes da maioria dos outros El Ninõs e que
ainda há chances de o evento crescer. As estimativas indicam que há 25% de
chance de termos um Super El Niño.
O El Niño é um dos fatores
que pode influenciar na previsão de recordes de temperaturas nos próximos
quatro anos. De acordo com a Organização Mundial Meteorológica (OMM), há uma
probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre
2023 e 2027.
Segundo o International
Research Institute for Climate and Society, os dois fenômenos, El Niño (EN) e
La Niña (LN), tem as seguintes características: tendem a se desenvolver entre
abril e junho; atingem o pico entre outubro e fevereiro; duram entre 9 e 12
meses; podem persistir por até aproximadamente 2 anos e recorrem em intervalos
de 2 a 7 anos.
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