A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou durante um culto evangélico em Taguatinga (DF), na noite dessa quinta-feira (7/9), dizendo que ela e seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão sendo “perseguidos e injustiçados”. Enrolada em uma bandeira do Brasil, ela chorou e disse que se sente traída por antigos aliados.
O evento foi acompanhado
por Bolsonaro e outros parlamentares do Partido Liberal (PL). Horas
antes, a Polícia Federal (PF) havia aceitado firmar um acordo de delação
premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito do ex-presidente.
“Como dói, irmãos, ver que muitos que falavam que comungavam da nossa mesma fé
compactuam com tudo aquilo que vai na contramão dos valores específicos do
nosso Deus", disse.
“Eles vão nos atacar, o
Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos
perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e salvador seriam
perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados", disse
Michelle Bolsonaro aos prantos.
O antigo casal presidencial
é investigado em um suposto esquema de venda ilegal de presentes
recebidos em compromissos oficiais - joias sauditas avaliadas em milhões de
reais. Segundo a legislação, os itens luxuosos são pertences da União e não
personalíssimos, por tanto, a venda caracteriza enriquecimento ilícito.
No fim de agosto, pessoas do
entorno de Bolsonaro prestaram depoimento à PF sobre o caso. Foram ouvidos,
além de Mauro Cid, os advogados Frederick Wassef, Fábio Wajngarten, os
ex-ajudantes Osmar Crivellati e Marcelo Câmara, e o general da reserva Mauro
Lourena Cid. Michelle e o ex-presidente ficaram em silêncio, alegando que o STF
não tem competência para julgar o caso que deveria ser enviado à primeira
instância. Com informações do Diario de Pernambuco
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