Ao mesmo tempo em que prega austeridade para enfrentar a crise da comentada queda do repasse do FPM, o prefeito Wellington Maciel abriu uma licitação para contratar uma empresa de publicidade e propaganda no valor de 2 milhões de reais, através de processo licitatório 103/2023. Isso mesmo! Dois milhões de reais para gastar com propaganda. Não é um bom exemplo. Um gasto 100% maior do que a última licitação, com o detalhe de que só pode ter publicidade institucional até junho de 2024, devido as eleições.
A medida de reduzir salários não é novidade na cidade de Arcoverde, localizada lá no Sertão de Pernambuco. Em 2015, quando o país vivia uma recessão e uma crise política do governo Dilma do PT, a ex-prefeita Madalena Britto, do PSB, promoveu além da redução salarial dela e do vice em 15%, dos secretários em 12% e os demais comissionados em 10% um corte de 15% nos gastos da máquina pública por um período de seis meses. Outro detalhe é que na época Madalena reduziu as secretarias de 12 para 10. Hoje são 16 secretarias, muitas sem dizer a quem vieram.
Os atos divulgados pelo
prefeito Wellington não batem com a realidade, já que segundo dados do portal
do Tesouro Nacional entre janeiro e agosto de 2022 a Prefeitura de Arcoverde
recebeu de FPM um total de R$ 36.690.976,00 contra R$ 38.254.928,17 em 2023, nos
mesmos meses. Quase 2 milhões de reais a mais. A comunicação do prefeito anda
tão truncada que durante o aniversário da cidade, segunda-feira passada, a
locução do palanque oficial dizia que ele estava pagando o piso salarial dos
professores. Fake News oficializada, pois até hoje os professores não viram um
centavo do aumento concedido pelo governo federal de mais de 14% esse ano. Não seria
má ideia pegar os 2 milhões da propaganda para pagar os professores. Aí é dar
exemplo!
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