O Partido Socialista
Brasileiro (PSB) oficializou à Mesa Diretora da Câmara a saída do
"blocão", o maior bloco partidário da Casa, que reúne o União Brasil,
PP, PSDB/Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e Patriota. Com o PSB, o bloco
reunia 176 deputados. O pedido foi feito na quinta-feira (1º).
A articulação para a criação
do grupo no ano passado passou pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
apesar de Lira não liderar oficialmente o bloco.
O novo líder do PSB na
Câmara, Gervásio Maia (PB), disse que a saída do bloco faz parte de uma
estratégia regimental para o partido.
Pelo regimento da Câmara, se
o PSB saísse apenas a partir do início do ano legislativo — que ocorreu nesta
segunda-feira (5) — não teria a possibilidade de integrar outro bloco.
O PSB avalia a possibilidade
de se juntar a outro grupo, que reúne MDB, PSD, Republicanos e Podemos e que,
hoje, tem 144 deputados. A decisão deve ser definida em uma reunião nos
próximos dias.
Também segundo o regimento,
as lideranças dos partidos que se coligam a um bloco parlamentar perdem as suas
atribuições e prerrogativas regimentais — por exemplo, apresentar destaques (sugestões)
a um projeto sem que haja concordância do bloco ou ter tempo de fala em sessões
deliberativas.
Deputados do PSB, contudo,
não negam que há uma insatisfação do partido e que, no ano passado, as pautas
da sigla “não foram respeitadas” e nem “levadas para frente”.
Um dos parlamentares negou
que a responsabilidade seja exclusiva do presidente da Câmara, mas disse que
“ele [Lira] precisa respeitar o tamanho do PSB”.
Segundo o deputado Paulo
Folleto (PSB-ES), um dos signatários do ofício, a decisão de sair do bloco foi
tomada porque a percepção de integrantes do partido na Câmara é de que o PSB
não foi valorizado durante o ano passado.
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