Senado se prepara para mudar lei eleitoral e acabar com a reeleição

O Senado Federal se prepara para intensos debates no primeiro semestre de 2024, com foco em um abrangente conjunto de medidas eleitorais. Desde o ano anterior, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem expressado o desejo de avançar nessas questões.

Entre os principais temas em destaque está a minirreforma eleitoral, já aprovada na Câmara dos Deputados no fim de 2023. Este projeto se soma à análise do novo Código Eleitoral, que está em andamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sob a relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Além disso, o Senado também se dedicará à discussão sobre o fim da reeleição para presidentes da República, governadores e prefeitos, assim como na ampliação desses mandatos para cinco anos.

Durante as últimas atividades legislativas de 2023, Pacheco afirmou que o fim da reeleição será uma "prioridade" este ano. Ele destacou a intenção de realizar audiências públicas para debater o assunto, destacando que a possibilidade de reeleição pode prejudicar o primeiro mandato e incentivar gastos excessivos para garantir a recondução ao cargo.

Na sequência da reunião de líderes do Senado, Castro anunciou que irá apresentar, nas próximas semanas, duas propostas de emenda à Constituição (PECs) relacionadas ao tema. Essas propostas visam abolir a reeleição e estender o mandato para cinco anos. Uma das PECs propõe a coincidência de todas as eleições, enquanto a outra não.

Caso aprovadas ainda no primeiro semestre, as novas regras só teriam efeito a partir de 2028. A reeleição para cargos do Executivo foi implementada no Brasil em 1997, por meio da Emenda Constitucional nº 16, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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